terça-feira, 2 de junho de 2009

Flores no cabelo ☮


Tanta sujeira derradeira nos jornais
Vários representantes em órgãos federais
com tanto dinheiro lavado, roubo esquematizado
metidos em maus lençóis...
Queria que as pessoas fossem mais justas
E o mundo não fosse tanta burocracia
que o dinheiro não fosse tão requisitado,
e os homens não fossem tão dissimulados
Queria que não houvesse tantos panfletos pelas ruas
Queria que as calçadas fossem mais limpas
Pra eu poder andar descalça...

Tanta guerra em prol de causas vazias
O medo que brota em virtude da ganância desmedida
Tantas armas de fogo; por que não armas de água, como as de criança?
Queria que a vida fosse mais frágil do que ultimamente já anda
Para se ver mais claro e declaro que a guerra de nada adianta!
Queria que as pessoas fossem menos egoístas
Não se fingissem passar por despercebidas
Queria que olhassem com compaixão para aquelas
Que jazem nas ruas fracas, desfalecidas
Queria que não houvesse tanto sangue nas ruas,
que as calçadas fossem mais seguras
Pra eu poder andar descalça...

Tanta discriminação sem sentido
Doença contagiosa que se passa a ouvido
Tantas barreiras de cores, crenças e atitudes, tantos percalços
Que com amor, propriamente humano, deveriam ser dissolvidos
Tanto que nos deixamos contagiar - mas não deixemo-nos!
por tanta desgraça sem precedentes nem vestígios.
Queria que as pessoas fossem menos intolerantes,
poder criar tipos de vacinas contra esse efeito nocivo.
Queria que não houvesse tantas brigas nas ruas
Queria que as calçadas fossem mais públicas
Pra eu poder andar descalça...

Tanta poluição que adentra por todos possíveis orifícios
Tanta desistência da seleção do necessário para um ser vivo
É resultado da conhecida inconseqüência, que agora entrou em nova era
Uma era onde todos nossos atos são espelhos refletidos
Queria que as pessoas não fossem tão negligentes
que com inteiro ambiente, não só com meio
não houvesse tamanho descaso
Queria que não houvesse tanto lixo nas ruas
Queria que as calçadas fossem mais nuas
Pra eu poder andar descalça...

Descalça, sim, sentido a pele de meus pés sentir o chão
Descalça, flores no cabelo...
De vestido límpido, tão infinito quanto a imensidão.
Ah, doce utopia que me adoça!
Quisera distorcer as distopias desse coração
Estás tão distante; quando perto estarás?
Quero senti-la viva... quero sentir que isso é capaz
Quero o fim das trevas; quero o início e o meio da paz...

Love, Love, Love
Love, Love, Love
Love, Love, Love
There's nothing you can do that can't be done
Nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can't say but you can learn how to play the game
It's easy
Nothing you can make that can't be made
No one you can save that can't be saved
Nothing you can't do but you can learn how to be you in time
It's easy!
All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need
Love, Love, Love
Love, Love, Love
Love, Love, Love
All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need
There's nothing you can know that isn't known
Nothing you can see that isn't shown
There's nowhere you can be that isn't where you're meant to be
It's easy!
All you need is love
All you need is love
All you need is love, love
Love is all you need
All you need is love
(Come together!)
All you need is love
(Everybody!)
All you need is love, love
Love is all you need
Love is all you need
(Love is all you need)
Love is all you need
(Love is all you need)
Love is all you need
(Love is all you need)
Yes you can!
Love is all you need!
Woah!
Love is all you need
Love is all you need
Oh, yeah!
She loves you yeah, yeah, yeah
She loves you yeah yeah yeah
Love is all you need!
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If you're going to San Francisco
Be sure to wear some flowers in your hair
If you are going to San Francisco
You're gonna meet some gentle people there
For those who come to San Francisco,
Summer time will be a love-in there.
In the streets of San Francisco,
Gentle people with flowers in their hair.
All across the nation, such a strange vibration
People in motion.
There's a whole generation with a new explanation.
People in motion.
People in motion.
For those who come to San Francisco,
Be sure to wear some flowers in your hair.
If you come to San Francisco,
Summertime will be a love-in there.
If you come to San Francisco
Summertime will be a love-in there.

Desmificando mentiras...
O verdadeiro significado do símbolo da paz! :)

Peace and love :D

sábado, 18 de abril de 2009

Revólver

Voltar.

Voltar.

Voltar?

Voltar.
Voltar.
Voltar.
Voltar.
VOLTAR?
Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar.
Voltar.
Voltar.
Voltar.
Voltar.
Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar.Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar. Voltar.
VOLTAR!
VOLTAR?
.Ratlov .Ratlov .Ratlov .Ratlov .Ratlov .Ratlov .Ratlov .Ratlov .Ratlov .Ratlov .Ratlov .Ratlov .Ratlov Voltar. Ratlov. Voltar. Ratlov. Voltar. Ratlov. Voltar. Ratlov. Voltar. Ratlov. Voltar. Ratlov.

Voltar. Voltar. Voltar. Atroz. Voltar. Voltar. Voltar. Pra quê? Voltar. Voltar. Voltar. Não mais. Voltar. Voltar. Voltar. Algoz. Voltar. Voltar. Voltar. Sorte. Voltar. Voltar. Voltar. Revés. Voltar. Voltar. Voltar. Quisera. Voltar. Voltar. Voltar. Quiçá. Voltar. Voltar. Voltar. Criança. Voltar. Voltar. Voltar. Às vezes. Voltar. Voltar. Voltar. Melhor. Voltar. Voltar. Voltar. Aceitar. Voltar. Voltar. Voltar. Não. Voltar. Voltar. Voltar. Vou. Voltar. Voltar. Voltar. Sofrer. Voltar. Voltar. Voltar. Será. Voltar. Voltar. Voltar. Bom. Voltar. Voltar. Voltar. No fim. Voltar. Voltar. Voltar. Em fim. Voltar. Voltar. Voltar.

Voltar.
Voltar.Voltar.Voltar.
oltar.Voltar.Volta
ltar.Voltar.Volt
tar.Voltar.Vol
ar.Voltar.Vo
r.Voltar.V
Voltar.



Voltar...
Não mais.
No tempo, ja-não-mais.
Não é diferente como parece.
Difícil. Talvez. Só o que parece.
A alma não padece.

Não é tão fácil...
Não, não mais.

Não, mas
pode ser que será bom.

Voltar.
Sozinha, não vou estar.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O Meu Maior Amor

É incrível como os valores atuais estão invertidos.

Estava lendo uma sinopse sobre o filme "A Paixão de Cristo" nesta Semana Santa e fiquei indignada com um comentário infeliz sobre a crítica e o público terem criticado-o por ele ter excessiva violência. Isso soa tão absurdamente irônico. Sexo explícito e Jogos Mortais são normais, lugar-comum, não têm problema, é arte!... Agora, um filme por ser violento ao ser fatídico é um horror, um tabu quase; quer dizer, pode ser carnificina até não ser verídico. Isso pra mim não é nada além de não ter coragem pra encarar uma verdade triste e profundamente dolorosa; é não querer tomar parte e assumir culpa. Porque quando a Verdade vem, incomoda demais.

Os valores atuais realmente estão invertidos.

Culpar a Igreja pelo seu dogma em relação a aborto é moda, mas criticar uma mãe negligente, jamais! Ler um livro qualquer que seja renomado e achar que sabe tudo é cultura; procurar desvelar e verdade é perda de tempo (é mais fácil falar que tudo é relativo). Cultuar a premiação fácil de 1 milhão de reais é correto; ajudar com essa quantia quem realmente necessita é banal. Seguir preceitos de religião conforme ela prega ou praticar pequenas penitências é bitolação; alucinar-se na academia todos os dias em busca do "físico perfeito" é legal. Parem o mundo que eu quero descer!

Todos os dias são ofertas de conversão, mesmo nas pequenas coisas. Todavia, a Semana Santa é uma ótima oportunidade de realmente efetivá-la. É mister, vital, imprescindível meditar a fundo os valores que tecem nossa vida, o que nos norteia. É tanta informação no mundo, tanta besteira supérflua cobrindo tanta coisa de maior grau, que ficamos atordoados, sem saber para onde olhar. É preciso ter cuidado.

O que guia a sua vida? O que guia a minha?
O que estamos fazendo de útil para o mundo?

Para onde vamos assim?

Perguntas retóricas (eu sei, sou cheia delas!). As respostas são claras, e no fundo, nada relativas.

Há pessoas que acreditam que religião não deveria exisitr porque é motivo de discórdia; pois eu discordo. Religião é religar a Deus e, por mais que tenha caído no hábito vulgar hoje em dia inventar qualquer uma pra satisfazer caprichos próprios, é essencial religar-se a Deus. O problema não é religião: é o que o homem faz dela, transformando algo bom em guerra tão somente por orgulho. Outros simplesmente postulam essa opinião por, na verdade, saberem o quanto exige ser alguém coerente com o que é verdadeiro, como custa fazer o Bem, e o deturpam de modo a aliviar seus fardos. E não falo só no cristianismo ou só no catolicismo: em todas religiões, ser coerente é exigente. É comum defender uma postura permissiva, relaxada, medíocre. O pior, o mais triste é morrer na praia... Não por falta de forças, mas por se recusar a aplicar as forças que se tem.

Por isso, aproveitemos essa época tão propícia para buscar o que há de mais pungente, buscar a Verdade. Porque ela existe, sim, e negá-lo é apenas um modo deplorável de não encará-lo. Há de se lutar bastante: entregar-se ao amor pelos outros, lavar os pés uns dos outros, rezar uns pelos outros (principalmente pelos que não amamos)... amar uns aos outros, fazer o Bem uns aos outros... Isso custa muito e foi tudo que Ele fez. E tudo que Ele sofreu, o sofreu por nós: prova de amor maior não há!
É duro de aceitar, de admitir, de ver, mas é o que é.

E o filme é mais tão triste e tão belo antes por ser mais realista do que qualquer outra coisa. Não há mais porque usar palavras. É só assistir.

Busquemos as respostas. Transformemo-las em atos reais.
Boa Páscoa para todos!

"Ecce Homo!"

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A arte de preservar um tesouro

Qual é a fórmula pra se recuperar de uma decepção?

Pergunta retórica.
Todos sabemos que não há fórmula.
Há meios para não se deixar levar novamente. (Dizem.)

É como um golpe. Um golpe certeiro que deixa sem ar, sem ânimo, sem vida, por algum momento que seja. É um golpe na parte mais emocional do cérebro, que se reluta a absorver tal choque elétrico em seus neurônios. É um golpe certeiro no meio do coração, que bate devagar e com uma dor que se estende lentamente, matando esperanças uma a uma no caminho. É um golpe na alma, que fica nua, cheia de vergonha e pudor.

É dor. Dor pungente, latente, permanente.

É algo que é pra ser, que não "mata", "ensina a viver", mas que nem por isso deixa de ser extremamente doloroso.

Um dos maiores erros que um ser humano pode cometer é pensar que porque não é capaz de fazer certas coisas os outros também não o são. É pensar que os outros com os quais se relaciona se valem dos mesmos escrúpulos nas atitudes para com os demais. É imaginar, num mundo imaginário distante do real, que os seus valores e que aquilo que julga até hediondo também regem a postura de terceiros. Enfim, é se iludir pensando que os seres humanos são tão iguais a ponto de terem os mesmos cuidados com os sentimentos alheios.

Desde crianças, nos parques infantis da vida, somos ensinados a não falar com estranhos. Isso se pauta por um princípio: a desconfiança. Ao longo do crescimento, vozes reverberam com os mesmos dizeres: "Nunca confie completamente, tenha sempre um pé atrás com as pessoas". Mas nunca trazemos isso de fato para nossas vidas até aprendermos, sozinhos, com as decepções que o tempo traz. E então, as vozes ecoam, na ópera do "Eu avisei", numa fúnebre sinfonia. O tempo todo estamos tomando porradas, e ainda assim, quão tolos, nunca deixamos de confiar. Nos comprometemos a ter o pé atrás. Firme. Pronto. Mas novamente a fragilidade da alma sempre sussurra de maneira até sedutora: "Vai... esse é de confiança... ponha a mão no fogo por ele... Deixa o pé andar." Sempre acabamos vendo aquele pé atrasado ser puxado por uma força sobrenatural... Até ficarmos sem as duas pernas, sugados por um buraco negro no qual não perdemos o tato do chão, apenas, mas o tato do nosso corpo inteiro. E como não sucumbir, não é mesmo? É tão bom. Pelo menos se não quebrarmos ambas as pernas em uma queda.

Claro, tomem partido e assinem embaixo os que simpatizam comigo e se sentem como eu. Mais uma vez, fica difícil partir do pressuposto que divergimos tanto uns dos outros.
Porém, há um consolo: o amor verdadeiro é mais forte e tudo supera.
Por isso, eu sei, e sei de coração, que na minha vida, graças a Deus, existem aqueles pelos quais eu posso arriscar e soltar os dois pés sem medo. Que eu sei que não, NÃO são capazes de me magoar... Podem errar, afinal, nisso, sim, todos somos iguais. Mas me magoar e me desprezar... jamais. Porque não são quaisquer uns: são especiais. E a eles sou eternamente grata, porque por causa deles eu continuo acreditando na bondade das pessoas.

Acreditar na bondade do ser humano. Quantos conseguem provocar esse fabuloso e raro sentimento dentro de você? São muitos? São poucos? Pois dê valor a eles. Dê muito valor a eles, sejam quantos forem. Porque, ao longo da vida, essa estrada que tanto parece não ter sentido nem rumo, eles vão estar constantemente provando esse valor. Como? Estando sempre ao seu lado e nunca desperdiçando a confiança neles depositada.

A entrega na amizade verdadeira. A confiança no amor genuíno. Isso existe, não obstante todos os socos e facadas que cravam nosso coração e deixam cicatrizes para a vida inteira.

Por isso, desconfie, pois desconfiar é saudável. Novamente: não acredite que os outros não são capazes de fazer certas coisas porque você não é, pois alguns muitos deles são capazes, sim, até de coisas muito piores. Não porque são pessoas ruins, mas muitas vezes porque estão fechadas em seu próprio mundo de egoísmo, encerradas nas muralhas dos seus caprichos, vontades e deveres.

Mas não vá se encasular em total suspeita com os outros. Não! Não vá ficar amuado, receoso de dar a mão para o outro apertar, com medo de que a esmague. Agindo assim, você vai se tornar igual àqueles egocêntricos, tão narcisos no espírito. Eles se julgam auto-suficientes e muitas vezes, não medem suas atitudes para com outros, talvez, secundários. Precisam não de ódio, mas de ajuda.

Confie. Confie, sim; com cautela, mas confie. É um jogo de acertar e errar. Mas quando encaçapas, a sensação recompensa, porque você ganha mais alguém para amar sem medo. E quanto aos outros que amou sem medo e não mostraram mérito, bem, não fique aflito pensando que a culpa foi sua, que você é idiota, inocente demais. Não. Porque o erro foi deles. Quem perdeu foram eles. Espera-se que se dêem conta da perda em tempo de, com esmero, recuperá-la...

Tudo o que se faz ou fala volta, em algum momento, em uma situação inusitada ou da boca de alguém que não se esperava ouvir.

A Confiança é como louça de porcelana, frágil e bela. Quebra-se em cacos com apenas um peteleco displiscente. Você pode colar tudo, meticulosamente, com a maior Super Bonder que conhecer. E pode ser que volte a ficar parecido. No entanto, raramente será a mesma coisa.

Não dê o prêmio que é a confiança de graça, à toa. Valorize. Não a vulgarize.
Mas também não recuse a qualquer um que transita em sua vida. O ser humano só é feliz de verdade quando se doa.

Quem vive sozinho, definha sozinho.

"In God, we trust."

sábado, 27 de dezembro de 2008

Feliz Natal! Feliz Ano Novo!

(Por favor, assista o vídeo. Deixe o coração ser tocado.)

Happy Xmas (War is Over) - John Lennon

So this is Christmas
And what have you done?
Another year over
And a new one's just begun
And so this is Christmas
I hope you have fun
The near and the dear ones
The old and the young

A very Merry Christmas
And a happy New Year!
Let's hope it's a good one
Without any fear

And so this is Christmas
For weak and for strong
For rich and the poor ones
The world is so wrong
And so happy Christmas!
For black and for white
For yellow and red ones
Let's stop all the fight!

A very Merry Christmas
And a happy New Year!
Let's hope it's a good one
Without any fear

And so this is Christmas
And what have we done?
Another year over
And a new one's just begun
And so happy Christmas!
We hope you have fun
The near and the dear ones
The old and the young!

A very Merry Christmas
And a happy New Year!
Let's hope it's a good one
Without any fear...
War is over, if you want it
War is over, ah ah ah ah

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Feliz Natal (A Guerra Acabou) - John Lennon

Então é Natal
E o que você fez?
Um outro ano se foi
E um novo apenas começa
E então é Natal!
Espero que você se divirta
O próximo e querido
O velho e o jovem

Um muito feliz Natal
E um feliz ano novo
Esperemos que seja um bom ano
Sem medo nenhum...

E então é Natal
Para o fraco e para o forte

Para o rico e para o pobre
O mundo é tão errado!
E então feliz Natal!
Para o negro e para o branco
Para o amarelo e para o vermelho
Vamos parar com toda a luta!

Um muito Feliz Natal
E um feliz Ano Novo!
Esperemos que seja um bom ano
Sem medo nenhum...

E então é Natal
E o que você fez?
Um outro ano se foi
E um novo apenas começa
E então feliz Natal!
Esperamos que você se divirta
O próximo e querido
O velho e o jovem

Um muito feliz Natal!
E um feliz ano novo!
Esperemos que seja um bom ano
Sem medo nenhum...

A guerra acabou, se você quiser.

A guerra acabou...

Feliz Natal!

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A obra de arte que é essa música de John fala por si.

Espero que esse Natal tenha revigorado o amor e o respeito ao próximo nos corações de todos nós, pois somos humanos e, sim, somos capazes!

Que 2009 seja iluminado e cheio de inspirações. Que venha com força, harmonia, paz, amor e sucesso na sua vida. Na vida de você, que está lendo o que eu escrevo. Que estas minhas palavras sejam proféticas. E que, por estarem escritas com sinceridade, se tornem realidade!

Amor nos corações e paz na Terra. Que almejemos mais deste tesouro tão preterido, mesmo sendo esse ano esperado ainda prematuro... E que quando ele venha, seja recebido com os cuidados e o festejos de uma autêntica nova criatura em nossas vidas. E que continue sendo tratado assim ao longo do percurso, não importando as adversidades do caminho.

Que quando nos perguntemos, no seu fim, novamente: "And so this is Christmas... and what have you done?", para nós mesmos, tenhamos mais coisas boas para responder, tenhamos mais provas de que iluminamos mais a face deste planeta mal-tratado com boas ações, ações amorosas, que deixem nossas consciencias mais leves e nossa paz de espírito maior... e mais contagiante!

É para isso que o Menino Jesus nos vem. Honremos Sua vinda!

E então isso é Natal!

Feliz 2009! :)

That's all, folks.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

And so this is Christmas...

Inédito: estou atualizando meu blog menos de um mês (do ano de 2008) após a última postagem! (Palmas)

Já estamos há tempos no advento, período de preparação para o Natal. Jingle Bells já soam nas lojas, o Papai-Noel já faz sua abiogênese em cadeia nas mesas de cabeceiras da sala de estar, as guirlandas já fazem as honras da casa nas portas. Presépios são deslocados e colocados, à espera pela vinda do menino Jesus (será que é pra isso?). Os enfeites, as lâmpadas, todo o espírito surgindo, todos os sinais aparecendo, tudo se formando desde o mês de... outubro?

Pois é, ao que me consta (atirem-me pedra se estiver errada) é que essa maratona toda foi largada em meados de outubro. Ok, uma colher de chá, foi mais para o final daquele mês. Truque de marketing cristalino, convenhamos. Afinal, necessita-se de 2 meses para ajudar-nos a colocar o cartão de crédito no vermelho? E eu me incluo nisso, porque o consumismo é forte! Já até disse para minha mãe que acho que existem roupas demais no mundo e que isso só me atenta a olhar mais as vitrines, e atiça mais ainda minha mão a coçar pelo meu bolso (que não corresponde tanto às expectativas).

É a correria... A ansiedade da sociedade, em ver que o tempo está passando, em querer ser prático e se adiantar. Em competir pela melhor mercadoria, em gastar dinheiro (porque fazer isso, sim, é muito prazeroso), em, inspirando-me em minha irmã, "hacer un regalo".

Nada de errado; é normal (notem que isso não é um incentivo ao débito!). Mas só isso, e isso unicamente, dá um vazio tão grande! Outro dia experimentei essa sensação. Tinha visto uma sandália linda numa loja, que aparentemente ficaria ótima no meu pé, ainda sofredor do mal do joanete. E, no meu caso, é muito difícil achar um sapato que não incomode. E ainda tinha um lacinho (sou doida por eles)! Mas vi há muito tempo, e esqueci. Quando resolvi voltar, experimentei a amargura de deixar tudo pra depois e não consumir o que tanto se deseja: não tinham mais o meu número. Patético exemplo, eu sei. Mas aquilo me deixou com uma cara de enterro! (Um minuto de silêncio pelo sapato que não comprei).

Vamos ser compreensivos, também: as fábricas e sapatarias têm preconceito contra pessoas que têm joanete! Esses excluídos da sociedade, para eles, hão de recorrer a um Dr. Scholl da vida, um podólogo, fazer sapato sob medida ou só usar Usaflex. Também, quem mandou eu demorar, né.

Mas tá, não fujamos do assunto. É chato, sim, mas não é nada sério. É frustante, mas não é imprescindível. Claro que não, posto que existem tantos que nem usufruir de uma Havaiana parecem ter direito.

E é esse o ponto de vista que quero abordar. Uma vez conversava com uma moça pobre, humilde. Ela me contava que sempre andava descalça por aquele chão batido de terra e, no entanto, esbanjava simpatia, contando-nos que nunca tinha tido um problema de saúde sério. Realmente, não sei como; mas lá estava ela, descalça, desprovida do "luxo" de usar um sapato e com um sorriso bem maior que o meu no rosto. Isso só mostra como é humilhante o meu luto por uma sandália. Mas é uma coisa que já é consuetudinária àqueles que provém de uma boa condição de vida, que os permite obter essas pequenas coisas: se indignar por besteiras. E, quando não se tem sucesso, afundar-se num vazio tão superficial quanto a necessidade de obtê-las .

"10. dez. 2008 - BRASÍLIA - A Defesa Civil de Santa Catarina confirma uma nova vítima das enchentes no estado. Agora são 123 mortos, além de 29 desaparecidos. O número de desalojados e desabrigados chega a 33.399." (Fonte: http://www.dci.com.br/)

Esses episódios tão tristes trouxeram grande pesar às nossas páginas de jornal no último mês. O verdadeiro luto. Os verdadeiros pêsames. As verdadeiras condolências. E um vazio muito mais profundo, provocado pela visão da degradação da vida humana, pela morte e pela dificuldade de superar a ida de entes queridos.

Mas nem tudo são más notícias...

"O ritmo das doações continua crescente. O Fundo Estadual da Defesa Civil de Santa Catarina, destinado à população afetada pelas fortes chuvas no estado, já arrecadou R$ 22.239.726,05."

Eu realmente fiquei muito comovida quando vi, no Jornal Hoje, os moradores de favelas de São Paulo se mobilizando para juntar roupas e mantimentos afim de enviá-los aos necessitados em SC. Tanta gente com terno e gravata que se isenta desse peso que é a responsabilidade social para com os debilitados, ainda que não morem no mesmo estado, ou sequer pelo fato de morarem no mesmo país; mas sim por se tratarem de seres tão humanos quanto.

E de certa forma aquilo me espantou, porque a matéria era voltada no seguinte assunto: "Por que todo o Brasil está ajudando Santa Catarina?". "O que faz pessoas de todo o país se mobilizarem pelo bem de outras que nem conhecem?" Calma aí, precisa de uma psicanalista, psicóloga, não sei, para dar uma resposta pra isso? Posso estar sendo radical, mas não basta pensar que eles precisavam e isso é primordial? Chegamos a tal ponto da sociedade que você tomar iniciativa por pessoas que estão em apuros é um ato surpreendente, vulgo heróico. Algo digno de super-heróis com visão de raio-X, kriptonianos (sei lá qual é a nacionalidade) e algo natural somente deles. Chegamos a tal ponto de individualismo e egoísmo circuncidando a todos que não se vê mais isso na TV ou no próprio cotidiano, pois estamos preocupados em encher nossos olhos e cérebros com a "junk-food" exibida em horário integral na mídia. E essa (in)digestão em nada nos nutre a alma. Tanto que, agora, é difícil compreender boas ações. Pasmem. Por favor, pasmem!

Mas como é bom que, ao menos, a mídia esteja cedendo o foco para esses assuntos tão alarmantes e os quais, é indubitável, deve-se dar grande atenção. Embora seja suspeita a intenção de alguns, por não sabermos se a doação de uma fortuna é fruto de filantropia ou auto-propaganda. Sim, porque ao vê-los, tantos se sentem animados a fazer o mesmo! Para imitar um ídolo unicamente? É, infelizmente, em alguns casos, sim. Porém, estão ajudando, e isso é o que importa. Deveríamos fazer mais isso, com mais frequencia, tornando caridade não algo admirável por sua raridade, mas corriqueiro por sua beleza e naturalidade.

Ainda mais comovente foi ver um senhor realmente humilde, creio que levando sua contribuição para um posto da Defesa Civil de SC, abordado pelos repórteres, declarando o porquê de estar fazendo aquilo: "se eu estivesse passando por isso, gostaria que me ajudassem". Não posso dar certeza da precisão da fala, mas foi essa a mensagem que ele transmitiu. E resumiu tudo que quero dizer. Quereríamos ajuda também, se fôssemos nós. Para se ver que não é necessário ser alguém escolarizado para entender. É só ser alguém sensível.

Pois é, essa é falta que faz uma coisa que minha mãe me ensinou, o que Moisés disse aos hebreus, que o Cristianismo prega e que todas as religiões que realmente buscam religar-se a Deus, no seu cerne, querem dizer: "não faças ao teu próximo o que não queres que ele faça contigo." Melhor adaptando no caso: "trate os outros como gostarias de ser tratado(a)". A Lei do Amor, na verdade; tão melhor do que a pena de Talião! Porque, como diria Gandhi, o olho por olho nos deixará todos cegos.

Esse egocentrismo todo, inerente a cada um de nós, precisa ser o verdadeiro objeto de batalha. É mister, sim, lutar contra essa ganância, contra esse mal do século, e de tantos séculos, que é querer que toda e qualquer ação tenha algo em troca para benefício próprio; que seja, na verdade, em prol de si mesmo. Fazer o bem não é algo pitoresco apenas de jardim de infância ou lição da bronquinha da mamãe: é algo que deve ser genuinamente praticado, todos os dias, de todos os anos, e não apenas no dia de Natal. Caridade não se remete a ocasiões que, por si mesmas, já são amistosas (ou ao menos deveriam ser); é todo dia um pouco. Em casa também, por quê não? As carências são muitas, e suas formas, diversas.

É necessário dar as caras, como John Lennon fazia, assumir o compromisso de ser um humano (que é enorme, e exige muito, sim!) e não se omitir em nome do comodismo. Ser acomodado é algo tão ruim, tão... ermo, sem graça e sem cor. Mas quando fazemos o certo, nos sentimos mais cheios, não de nós mesmos, mas dos outros. Se é para receber algo em troca, saiba-se que somos muito mais enriquecidos dessa maneira, porque ficamos ricos de tantas coisas mais importantes: amor, visão de mundo, compaixão. Sim, compaixão, que é um sentimento tão capaz de mudar o mundo, pois trata-se de se colocar no lugar do outro, apesar de ser tão complicado sair do nosso próprio. A sensação de retorno é tão boa, melhor impossível, a melhor espécie de "catarse"! Como dizia George, na música "Within You, Without You": "quando você enxergar além de si próprio, então talvez descubra que a paz de espírito o espera."

E o vazio supérfluo é preenchido. Citando Gandhi mais uma vez: "O melhor jeito de nos encontrarmos é nos perdermos no serviço aos outros". Temos tantos a quem nos espelharmos: Madre Teresa de Calcutá, São Francisco de Assis, Papa João Paulo II, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Princesa Diana, Bob Geldof, Bono Vox, o próprio Gandhi, Martin Luther King... Jesus Cristo, principalmente.

O tempo de renovação esta aí, pessoal. Renovemos nossos corações para celebrar de novo o Natal, tão belo, tão amigável, tão puro. Levemos esse espírito de paz e amor por todos os dias seguintes, ainda que possa estar um pouco diluído. Podemos, sim, com esmero, com amor. Tiremos mais roupas do armário para doar, repartamos mais a comida e o dinheiro, tenhamos fé nas pequenas coisas... O exemplo é o melhor professor.


"Pense globalmente, aja localmente."

"Imagine all the people living life in peace"

"Imagine all the people sharing all the world"

"Raising the spirit of peace and love"

"Precisamos manter a esperança viva, pois sem ela, todos nós vamos naufragar."

"A vida é o que acontece enquanto você está ocupado, fazendo planos."

"We're all water from different rivers
That's why it's so easy to meet
We're all water in this vast, vast ocean
Someday we'll evaporate together"

(Todas por John Lennon, in loving memory)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Down with the High Society!

De volta à Era Jurássica. Sim, pois foi nela que abandonei meu blog. Não obstante, retornei! Por quê? Porque estava entregue às moscas. Porque sempre retornamos à música que cantávamos. Porque minha sina é escrever. De tudo um pouco. Considerando que, pode-se dizer, abandonei a idéia de fazer Jornalismo, é mister que eu tenha um lugar para extravasar essa latente necessidade, que desperta de vez em quando, sedenta de expressar suas introspecções.

Mas escrever sobre o quê? Já é visível que minha cabeça está parecendo uma teia, um emaranhado de pensamentos ilógicos e insensatos. Penso tanta coisa e quanto mais faço, mais sinto que nada sei. "The more I learn, the less I know". Sim, sim, Beatles, naturalmente! Essa aí foi solta pelo George, em "It's All Too Much". Ele, com seu jeito reflexivo, brilhante, me faz refletir sobre tantas coisas e sempre canta ou diz uma frase que me faz pensar ou identificar-me, principalmente no presente momento. Eu realmente estou numa fase bem "George Harrison" da minha vida. It's all, indeed, too much!

Well...
O mundo.
Cada vez me sinto mais um bicho esquisito dentro dele. Dãr, novidade. Todos nós nos sentimos, ao menos uma vez na vida, estrangeiros dentro de nossa própria soberania.

Famosidade. Que divertido é saber da vida dos artistas! Sim, sim, pode ser bem interessante. Mas o que revira o fundo do meu âmago é a incompreensão que me acomete quando vejo a, a imprensa dos tablóides ir atrás de toda e qualquer calcinha de celebridade que aparece entre um vestido curto dentro de uma limosine. "O ex de Susana Vieira curte praia no Rio de Janeiro". Quem diabos é o ex dela?! E no que isso afeta minha vida? Ah, sim, sim, interessante. Mas chega. Cada vez que abro a página globo.com vejo alguma coisa sobre o bendito ex da Susana Vieira. Que ele tem um novo "affair", que ele curte a praia com uma loira, que a Ana Maria Braga diz que ele é um cafajeste... O infeliz já não tem nem mais nome, só codinome: ex da Susana Vieira. Blá blá blá. Mas veja que ironia: eu falando mal dessa atenção toda a ele e, no entanto, gastei sete linhas dissertando sobre ele, ainda que indiretamente. E nem falei nada sobre a Luana Piovanni! Oh, well...

Tem coisas que não dá para acreditar. Outro dia, folheando uma revista para um trabalho, me deparo com uma pequena janelinha - "Bebendo direto da fonte. Daniele Suzuki em meio ao calor escaldante do Rio de Janeiro, não liga para copo: bebe direto do gargalo da garrafa num restaurante da Zona Sul."
....
What the hell?!
Sim, sim, há muito mais coisas úteis com as quais chocar-me, indubitavelmente. No entanto, faça-me o favor. Por que não deixar a pobre da moça se hidratar em paz? Ah, não, ela tem de seguir as regras da Socila 24h por dia porque ela é uma personagem social. Sim, as convenções do universo da fama estão acima de qualquer casualidade. Qualquer desculpa para cobrir a mesquinharia e mediocridade na tentativa de fazer matéria, seja qual for. Ah, Mulher Melância faz sucesso em Nova York! E isso me interessa porque...? Já é triste demais que alguém que faz lipo e coloca a gordura no traseiro faça sucesso aqui no Brasil, e todos acharem tão engraçado ou bonito (?), quanto mais saber que ela faz sucesso, ainda não entendi por que, no exterior. É assim que se consegue fama hoje em dia? É esse caminho que devemos almejar?


Mas abram alas! Aí vem a 9a edição do BBB: Big Bosta Brasileira. Ah, desculpe, me exaltei. Não aguento mais! Mais uma cambada de improdutivos para agir como naturais carnes inertes durante 3 meses (?). Nossa, isso soou tão capitalista selvagem. Porém, convenhamos: tanta gente trabalha de sol a sol, sob risco de vida, dando o suor do seu rosto para ser engabelado por autoridades, pagar impostos sem retorno em suas vidas e ganhar uma mixaria, e esses ilustres "grandes irmãos" ficam não sei quantos dias numa casa ornada pelos mais tecnológicos equipamentos e modernas regalias e ganham 1 milhão de reais? O que eles fizeram de bom para o mundo, para outras pessoas? Distraíram dos seus problemas. Não, meu caro. Contribuíram para a velha política do 'pão e circo'. Olha lá, assiste Big Brother, a fulaninha bateu na cara da cicraninha e chamou ela de biscate. Aí se desfiam comentários para a semana inteira: dentro do ônibus, do escritório, na fila do banco, do orelhão, na sala de espera, no salão de beleza. Mas, e aquele governador corrupto lá que ia ter seu mandato cassado? Ah, esquece, vamos ligar pro 0800 e votar no Suíço, porque o Alemão já ganhou! O pior é quando se assina Pay-per-view para ter acesso o dia inteiro à casa mais famosa do Brasil! Valha-me! O pobre telespectador (nem sempre um telespectador pobre) gasta dinheiro para dar uma fortuna a alguém que só fez inutilidades durante tamanho espaço de tempo! São muitos dias para tanta superfluidade.

Ei, mas, um momento: Rede Globo não exibe BBB pra fazer caridade. Todos ali estão, comumente, lutando para subir na vida e ganhar dinheiro. Que belo modo, hein. Modo honesto, trabalhador, íntegro! Acrescenta tanto ao patrimônio cultural da humanidade. Enquanto tantas pessoas seguem suas jornadas de 40 horas por semana (ou mais), não residindo, por sua vez, em coberturas luxuosas ou apartamentos nos braços da praia, eles estão lá, nas festinhas, nas bebidas, na piscina e hidromassagem, nas suas atitudes de baixo calão. Mas eles passam fome! Às vezes. Uma vez. Para entreter.
Bem, então façamos um BBB em Serra Leoa. Na, exagero.
Pois é, já está se tornando algo patológico, começando a puxar a sardinha para o verdadeiro Big Brother de Orwell: controlando vidas, manipulando meios de comunicação, com o disfarce de simples diversão.

Teste de sobrevivência é "Survivor - No Limite". Isso é testar o limite da convivência humana. No meio da selva, tendo que passar fome, comer "iguarias", sufoco total. Isso, sim, é dar valor ao que se tem em casa. Há tantos realities shows tão mais interessantes (para os amanteigados, cuidado: "Extreme Makeover - Reconstrução Total" é promessa de lágrimas em todos os episódios!). Big Brother Brasil é mais uma ferramenta de fácil alcance que, infelizmente, mobiliza o Brasil inteiro, para alimentar a vaidade e a sede por fama, essa que se consegue sendo mais uma marionete, e não por mérito próprio; essa que não dura nem um ano, a menos que se vá fazer comercial, trabalhar em novela ou sair em capa de revista. Mais um modo de controlar a população, de "anestesiá-la" das dores cotidianas. Mais um motivo para nós, brasileiros, termos a fama de "malandros" no exterior: algo que era pra entreter uma vez virou objeto de inércia tantas outras vezes, para ganhar dinheiro fácil. Afinal, essa já é a nona vez! Ninguém enjoa, não?

Escusa! Foram apenas tentativas de ilustrar um ponto de vista. Não falo que isso é de agora, porque as disputas de gladiadores no Império Romano foram o berço dessa triste política que se perpetua na humanidade. Devem ser tendências genéticas que a Seleção Natural ainda não conseguiu eliminar (Darwin, certamente, não teria uma teoria científica pra isso). O problema é que algo que a início, supostamente, era para ser algo bobo, ingênuo, pura distração, começa a se tornar algo perigoso, controlador, e, no mínimo, enfadonho. São tão corriqueiros esses fatos que já achamos normal nos depararmos com as mesmas coisas, o mesmo sensacionalismo. O tempo que perdemos com isso é o tempo que poderíamos estar usando para assistir algo mais lúdico, educativo, cultural, que, ao menos, acrescentasse algo. O tempo que escorre desperdiçado nessas atrações é o tempo que seria tão útil para prestarmos atenção na bagunça em que o mundo se encontra e, sem embargo das falcatruas de tantas pessoas anti-éticas, tentar descobrir meios de consertá-la no que pudermos.
Longe de mim querer julgar quem assiste ou lê esses meios comunicativos. Também já assisti novela e vejo alguns episódios esporadicamente: existem novelas que acho boas, sim, que contribuíram algo no meu intelecto (mesmo que para alguns isso seja paradoxal). Também já li, e ainda dou uma olhada na Revista Caras de vez em quando. Têm coisas interessantes, é legal saber de certos artistas que admiro ou não, até para me inspirar em fazer igual o que for bom e contrário o que for mal (Amy Winehouse que o diga! Andei lendo frequentemente acontecimentos sobre seu lamentável trajeto, embora ache-a uma cantora muito boa); para analisar o que a fama traz. O problema é quando se afoga demais nesse universo e esquece-se do próprio, que não é cor-de-rosa e repleto de borboletas. A partir daí, é nocivo. Não que o pedestal da Fama esteja longe do alcance de meros mortais como nós. Não. E não acho um absurdo querer conquistá-la: todos buscam reconhecimento. No entanto, é preciso trabalhar bem no que queremos ser reconhecidos. E que isso não seja fútil, mas que venha a adicionar algo de bom na vida de quem nos conhece ou virá a nos conhecer. Porque esse mundo de High Society é colorido e bonitinho em Gossip Girl, mas se os que não se incluem nele mergulham pela aparente beleza do seu reflexo, correm o grande risco de ou se afogarem ou ficarem fadados a aplaudir e vidrados em observar algo que sempre, por causa de suas próprias atitudes, ficará longe de suas mãos, distante, inalcançável. É necessário observá-lo com cautela. Realmente, esse mundo não é para todos.

Mas deixa estar. Uma vez acharam um absurdo eu não acompanhar novelas porque, desse modo, não tenho como saber do que acontece no mundo... (pausa silenciosa).... Eu sei, eu sei, melhor nem falar sobre isso, senão dá um novo post. Basta saberem que Manoel Carlos é meu novo William Bonner.